Plástica de abdômen

Plástica de abdômen

A leitura destas observações sobre a cirurgia plástica abdominal servirá para esclarecê-lo (a) sobre os detalhes que certamente estão lhe interessando no momento. Existem informações errôneas quanto a esta cirurgia, informações essas geradas por casos excepcionais de pacientes operadas por profissionais não habilitadas para tal e que costumam associá-la a intervenções cirúrgicas maiores, na cavidade abdominal, aumentando o risco e o prognóstico pós-operatório.

Deixe que o seu cirurgião plástico escolhido lhe informe sobre a conveniência de associá-la a outra(s) cirurgia(s) e pondere bastante com ele sobre as vantagens e desvantagens de tal associação.

Normalmente, as seguintes perguntas são feitas pelos (as) pacientes ao seu cirurgião plástico, por ocasião da consulta inicial:

QUANTOS QUILOS VOU EMAGRECER COM A PLÁSTICA ABDOMINAL?

Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas sim as proporções que o abdome mantenha com o restante do tronco e os membros.

Paradoxalmente, os abdomes que apresentam melhores resultados estéticos são justamente aqueles em que se fazem as menores retiradas. Assim é que a maioria das mulheres apresenta certa “flacidez” do abdome após um ou vários partos, com predominância de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região. Estes casos nos permitem excelentes resultados.

Em outros casos, em que o paciente está com o peso acima do normal, o resultado também será compensatório e proporcional ao restante do corpo. Entretanto, vale a pena lembrar que “excesso de gordura” em outras regiões vizinhas do abdome ainda existirão, o que nos leva a aconselhar àquelas que assim se apresentem a prosseguir com um tratamento clínico ou fisioterápico, para equilibrar as diversas partes entre si.

A CIRURGIA DO ABDOME DEIXA CICATRIZ MUITO VISÍVEL?

A cicatriz resultante de uma abdominoplastia localiza-se horizontalmente logo acima da implantação dos pelos pubianos, prolongando-se lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdome a ser corrigido. Esta cicatriz é planejada para ficar escondida sob as roupas de banho (há casos, mesmo em que a própria “tanga” poderá ser usada), e infalivelmente passará por vários períodos de evolução, como se segue:

PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo;
PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais;
PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após este período.
EM QUANTO TEMPO ATINGIREI O RESULTADO DEFINITIVO?

Na resposta anterior fizemos algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Resta-nos ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdome, no que tange à sua consistência, sensibilidade, volume, etc.

Nos primeiros meses, o abdome apresenta uma insensibilidade relativa, além de estar sujeito a períodos de “inchaço”, que regride espontaneamente.

Nesta fase, poderá ficar com aspecto de “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como definitivo qualquer resultado, antes de 12 a 18 meses de pós-operatórios.

É VERDADE QUE SERÁ FEITO UM UMBIGO NOVO?

Não. O seu próprio umbigo será remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo existirá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz inferior (descrita no item anterior). Pelo fato de ser uma cicatriz circular, em alguns casos a evolução poderá não ser aquela que se deseja, dando como resultado um aspecto “artificial”. Isto acontece em decorrência da anomalia na evolução cicatricial de certas pacientes, o que, entretanto, é passível de correção, mediante “retoque” sob anestesia local, após alguns meses.

A PLÁSTICA ABDOMINAL CORRIGE AQUELE EXCESSO DE GORDURA SOBRE A REGIÃO DO ESTÔMAGO?

Nem sempre. Isto depende do seu tipo de tronco (conjunto tórax + abdome). Se ele for do tipo curto, dificilmente será corrigido. Sendo do tipo longo, o resultado será mais favorável. Também tem grande importância, sob este aspecto, a espessura do panículo adiposo (espessura da gordura) que reveste o corpo.

QUAL O TIPO DE ROUPA DE BANHO QUE PODEREI USAR, APÓS A CIRURGIA?

O tipo de roupa dependerá exclusivamente de seu próprio manequim. É claro que os decotes inferiores mais “generosos” ficarão por conta dos casos em que os resultados sejam mais naturais (tangas). Lembre-se que o bisturi do cirurgião apenas aprimora suas próprias formas.

PODEREI TER FILHOS FUTURAMENTE? O RESULTADO NÃO FICARÁ PREJUDICADO?

O seu médico ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que na nova gestação seu peso seja controlado por aquele especialista. Aconselhamos, entretanto, que tenha todos os filhos programados antes de se submeter a uma plástica abdominal.

OUVI DIZER QUE O PÓS-OPERATÓRIO DA DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL É MUITO DOLOROSO. É VERDADE?

Não. Uma dermolipectomia de evolução normal não deve apresentar dor. O que existe é um grande equívoco por parte de certas pacientes, que são operadas simultaneamente de cirurgias ginecológicas associadas à dermolipectomia e relatam por isso, dores pós-operatórias.

HÁ PERIGO NESTA OPERAÇÃO?

Raramente a cirurgia de dermolipectomia traz sérias complicações, desde que realizada dentro de critérios técnicos. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente a outras. O perigo não é maior nem menor que uma viagem de avião ou de automóvel, ou mesmo o simples atravessar de uma rua.

QUE TIPO DE ANESTESIA É UTILIZADA PARA ESTA OPERAÇÃO?

Anestesia geral. Poderá, em casos especiais, ser utilizada a peridural ou similar.

QUANTO TEMPO DURA O ATO CIRÚRGICO?

Em média 2 a 4 horas.

QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO?

Um dia (evolução normal).

SÃO UTILIZADOS CURATIVOS?

Sim. Logo após a cirurgia é colocado um curativo com gesso que é retirado no dia seguinte. Após, são utilizados curativos elásticos e modelantes, especialmente adaptados. São trocados diariamente na clínica, sem qualquer dificuldade, a partir do 2º dia pós-operatório.

QUANDO SÃO RETIRADOS OS PONTOS?

Os pontos do umbigo com 12 a 15 dias. Na cicatriz são dados pontos absorvíveis não sendo necessário removê-los.

QUANDO PODEREI TOMAR BANHO COMPLETO?

Geralmente após 2 dias.

QUAL A EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA?

Não se deve esquecer que, até que se consiga atin

ir o resultado almejado, diversas fases são características deste tipo de cirurgia. Assim é que, nos itens acima, esclarecemos sobre a evolução cicatricial (até o 18º mês). Nos itens respondemos sobre a evolução da forma do abdome, bem como a sensibilidade, consistência, etc.

Entretanto, poderá lhe ocorrer alguma preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto”. Seja paciente, pois seu organismo se encarregará de dissipar todos os pequenos transtornos intermediários que, infalivelmente chamarão a atenção de alguma de suas amigas que não se furtará à observação: “//SERÁ QUE ISTO VAI DESAPARECER MESMO?//”– É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser a nós transmitida.

Daremos os esclarecimentos necessários, para sua tranquilidade. Em algumas pacientes, ocorre certa ansiedade nesta fase, decorrente do aspecto transitório (edema, insensibilidade, transição cicatricial, etc.). Isto é passageiro e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final o quanto antes.

Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia do abdome deverá ser considerado como definitivo antes dos 12 aos 18 meses. Em caso de pacientes muito obesas, poderá ocorrer, após o 8º dia, a “eliminação de razoável quantidade de líquido amarelado” por um ou mais pontos da cicatriz. Este fenômeno é chamado de “lipólise” e nada mais é do que a liquefação da gordura residual próxima à área da cicatriz que está sendo eliminada, sem que isso venha a se constituir como complicação.

RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS:

Comunicar-nos até 2 (dois) dias antes da cirurgia, em caso de gripe, período menstrual, indisposição, etc;

Internar-se no hospital indicado na guia, obedecendo ao horário de internação;

Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito pesadas, na véspera da cirurgia;

Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de 10 dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também os diuréticos;

Programar suas atividades sociais, domésticas ou escolares, de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 2 semanas.

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:

  • Evitar esforços por 30 dias;
  • Levantar-se tantas vezes quanto lhe for recomendado por ocasião da alta hospitalar, obedecendo aos períodos de permanência sentada, assim como evitar ao máximo as escadas longas;
  • Evitar molhar o curativo durante a primeira fase (2 dias);
  • Andar com ligeira flexão (curvada) do tronco e manter passos curtos, por um período de 15 dias;
  • Obedecer à prescrição médica;
  • Voltar ao consultório para os curativos subsequentes, nos dias e horários estipulados;
  • Consulte este folheto de instruções quanto à sua evolução pós-operatória, tantas vezes quanto necessário;
  • Provavelmente você estará se sentindo tão bem, a ponto de esquecer-se que foi operado recentemente. Cuidado! A euforia poderá levá-lo a um esforço inoportuno, o que determinará certos transtornos;
  • Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire conosco quaisquer dúvidas;
  • Alimentação normal (salvo em casos especiais);
  • Aguarde para fazer sua “dieta ou regime de emagrecimento”, após a liberação médica. A antecipação desta conduta por conta própria, poderá determinar conseqüências difíceis a serem sanadas.

OBS.: NÃO TOME ASPIRINA E SIMILARES ATÉ 15 DIAS ANTES DA CIRURGIA. TODA MEDICAÇÃO TEM QUE SER COMUNICADA AO DR. MÚCIO PORTO.

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